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Deságuas de mim

Fotografia 
 

60 x 90 cm, impressão

fineart com moldura peroba

IMG_2044-min.jpg

Deságuas de mim se trata de uma fotografia  produzida durante uma residência artística dentro de resquícios de mata atlântica interiorano, pesquisando diferentes territorialidades e materialidades, passando por municípios relacionados à pedreiras de exportação e à exploração dos “recursos” naturais, observando a intervenção humana nessas localidades. Envolta e camuflada pelo tecido, percorri a água, desaguando em um devir desconhecido, um invólucro uterino e à prova de som.


Volto-me então a pensar um corpo-mata. Propor um corpo-mata é ir de encontro às pistas que possam revelar experiências que não possuem como ponto central aquilo que é humano, abdicando de um pensamento dicotomizante sobre o “é” das coisas e substituindo as relações de controle por relações de convivência que não passem pelo âmbito da dominação. 


Ao descentralizar a questão do que é humano e
não-humano, horizontalizando as atuações de tudo aquilo que compõe o espaço, o que temos é uma espécie de redistribuição de redes de conhecimento, nas quais tudo aquilo que se manifesta propõe, a princípio, o inominável (há de ser vivido e só vivido). Encarar tudo como um organismo é reconhecer tudo o que está como um aspecto da vida.

Fragmentos de texto de

Paloma Durante e Cadu Gonçalves

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